Já li o livro «O meu programa de governo» de José Gomes Ferreira a algum tempo atrás. Aliás, foi a minha leitura de férias, curiosamente no mesmo período em que consegui desligar-me um pouco (pelo menos em parte) da realidade.
Concordo com a maioria das sugestões que apresenta mas algumas finalidades eu seguia um caminho diferente. Certamente que esta discussão caberá neste espaço, num futuro próximo.
Pelo menos, confirmo que o Jornalista José Gomes Ferreira conseguiu apresentar um trabalho (compilado ao longo de anos, é certo) com quase 500 páginas, muito mais que o guião apresentado ontem pelo governo, escritas num livro bem organizado e com uma assinalável isenção política.
Para já, deixo aqui um vídeo que considero ser bastante útil para o debate que se impõe: que estado queremos (e podemos) ter!
Este espaço pretende ser um contributo para a discussão sobre a REAL reforma do Estado que o nosso país precisa, apresentar propostas concretas e exequíveis para que as futuras gerações possam viver num país livre, mais justo e equitativo na repartição de riquezas, responsabilidades, direitos e deveres.
Humildade democrática
O governo lançou o guião para a reforma do Estado em versão draft. Parece que foi aprovado em conselho de ministros, mas tenho sérias dúvidas que alguns ministros sequer o tenham lido... A isso iremos mais tarde.
Achei particularmente interessante a humildade que se instalou no governo e que Paulo Portas parece nos querer disso convencer com «falinhas mansas». Honra lhe seja feita: tem um discurso muito mais fluído e coerente que a esmagadora maioria dos membros do governo, concorde-se ou não com ele.
Mas a verdade é que esta humildade intriga-me. Então esta gente passa dois anos e meio sem ouvir ninguém, a assobiar para o lado como se não fosse nada com eles e agora querem humildemente que os outros partidos e os parceiros sociais colaborem na reforma do estado? Andaram dois anos a espicaçar o PS (verdade seja dita, colocaram-se a jeito) e agora esperam o quê? Tiveram uma UGT que, mesmo superpressionada, assina um acordo de concertação social com patrões e governo e depois é o próprio governo que, ao não cumprir a sua parte, força a UGT a ir para a rua, colocando em risco uma estabilidade social cada vez mais frágil e agora esperam o quê?
Pelo menos podiam ter a feliz ideia de criarem um espaço de discussão pública sobre o assunto... sempre ajudava a disfarçar a demora...
Achei particularmente interessante a humildade que se instalou no governo e que Paulo Portas parece nos querer disso convencer com «falinhas mansas». Honra lhe seja feita: tem um discurso muito mais fluído e coerente que a esmagadora maioria dos membros do governo, concorde-se ou não com ele.
Mas a verdade é que esta humildade intriga-me. Então esta gente passa dois anos e meio sem ouvir ninguém, a assobiar para o lado como se não fosse nada com eles e agora querem humildemente que os outros partidos e os parceiros sociais colaborem na reforma do estado? Andaram dois anos a espicaçar o PS (verdade seja dita, colocaram-se a jeito) e agora esperam o quê? Tiveram uma UGT que, mesmo superpressionada, assina um acordo de concertação social com patrões e governo e depois é o próprio governo que, ao não cumprir a sua parte, força a UGT a ir para a rua, colocando em risco uma estabilidade social cada vez mais frágil e agora esperam o quê?
Pelo menos podiam ter a feliz ideia de criarem um espaço de discussão pública sobre o assunto... sempre ajudava a disfarçar a demora...
Já nasceu o Guião! (... ou algo similar ...)
Foi finalmente tornado público o «famoso» guião para a reforma do Estado.
Após tantos meses de «gestação», parece-me sinceramente que «a coisa» ou nasceu demasiado prematura ou demasiado atrofiada. Sinceramente, não esperava um documento muito completo e fechado, nem acho que tal fosse particularmente importante para lançar definitivamente o debate que se impõe.
Teremos assim de contar com uma base que, a meu ver, é algo escassa para a discussão de um tema que pretende transformar o Estado (e, por conseguinte, a nossa existência enquanto sociedade) para as próximas décadas, mas que é isso mesmo: uma base.
Aliás, devo dizer, em abono da verdade, que o próprio Vice-primeiro Ministro deixou bem claro que o documento é um documento aberto, que deverá ser discutido e melhorado entre partidos e parceiros sociais. Quase como se fosse um livro branco para a reforma do Estado.
As 112 páginas apresentadas hoje, devidamente formatadas, ficaram reduzidas a apenas 24. Muito pouco dirão alguns. Mais que suficiente dirão outros. Completamente absurdas dirão ainda outros. Todos terão as suas razões.
É para isso que aqui estamos: para discutir aberta e frontalmente este tema e poder contribuir para uma reflexão profunda, ponderada e assertiva.
Nota de boas vindas
Seja bem-vindo a este espaço de debate e discussão sobre a reforma do Estado que o nosso país tanto necessita e que tantas questões, dúvidas e divergências levanta na nossa sociedade (e ainda bem que assim é).
Como entendo que a sociedade pode, deve e merece também pronunciar-se sobre este tema, decidi criar este espaço.
Aqui não importa se gosta ou não de partidos, se prefere este modelo de democracia ou um outro qualquer.
Não interessa de que partido é, nem a sua religião, crença, cor ou naturalidade.
Neste espaço importa ter opinião, seja ela qual for, assim como saber defendê-la com elevação e respeito pelos demais, porque neste espaço existem dois princípios que não serão violados sob nenhum pretexto: a liberdade de cada um pensar e dizer o que entende (naturalmente sem que isso coloque em causa a liberdade dos demais) e a igualdade de tratamento que todos terão (desde que o respeito mútuo e a elevação no debate permaneçam intactos).
Como entendo que a sociedade pode, deve e merece também pronunciar-se sobre este tema, decidi criar este espaço.
Aqui não importa se gosta ou não de partidos, se prefere este modelo de democracia ou um outro qualquer.
Não interessa de que partido é, nem a sua religião, crença, cor ou naturalidade.
Neste espaço importa ter opinião, seja ela qual for, assim como saber defendê-la com elevação e respeito pelos demais, porque neste espaço existem dois princípios que não serão violados sob nenhum pretexto: a liberdade de cada um pensar e dizer o que entende (naturalmente sem que isso coloque em causa a liberdade dos demais) e a igualdade de tratamento que todos terão (desde que o respeito mútuo e a elevação no debate permaneçam intactos).
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